F-O-B-I-A-S
- psicologacamilacesar
- Jul 17, 2021
- 3 min read
Updated: Aug 27, 2022
As faces do medo perturbador e paralisador

A palavra “fobia” se origina de um mito da Grécia antiga sobre um deus chamado Fobos, filho de Afrodite e Ares. Esse ser foi denominado o deus do medo, pois provocava muito medo em seus inimigos em combates.
Fobia Social
A timidez é uma ansiedade normal e que a maioria das pessoas experimenta em algumas situações sociais. Já no caso de Fobia Social, o desconforto vai muito além.
A Fobia Social ou Transtorno de Ansiedade Social se caracteriza por um medo constante, excessivo e incapacitante de agir de forma ridícula ou inadequada diante de outras pessoas. O indivíduo tem a expectativa de que será avaliado negativamente em situações sociais nas quais tenha que desempenhar alguma atividade, e teme ser humilhado ou demonstrar vergonha.
Conforme dados do Congresso Brasileiro de Psiquiatria cerca de 13% dos brasileiros sobrem de Fobia Social
A pessoa sente intensa angústia ao ter de falar em público, apresentar uma palestra, falar em uma reunião e, em alguns casos, pode apresentar dificuldade em utilizar banheiros públicos, alimentar-se em restaurantes ou assinar documentos na frente de pessoas desconhecidas.
Algumas características comuns na Fobia Social são:
· Necessidade extrema de aprovação;
· A desaprovação é tida com aspecto de tragédia;
· Frequente expectativa de receber avaliação negativa dos outros;
· As gafes são remoídas em pensamentos obsessivos de autorrecriminação;
· Tendência a interpretar negativamente reações e expressões de dúvida dos outros.
O medo da exposição é mais forte com pessoas estranhas ou tidas como hierarquicamente em posição superior (chefes no trabalho, diretor da escola, professores, etc). As situações sociais produzem uma reação imediata de ansiedade elevada e a pessoa passa a evitá-las. Desta forma, experimenta-se grande sofrimento diante da dificuldade em lidar com elas, levando ao comprometimento estudantil e profissional, diminuindo seu lazer e limitando sua vida social e emocional.
O transtorno frequentemente tem início na adolescência e persiste pela vida adulta se não for tratado. A tendência é agravar os sintomas devido ao aumento de situações sociais advindas da vida adulta.
Tenho medo de parar e medo de avançar. Tenho medo de amarrar e medo de quebrar. Tenho medo de exigir e medo de deixar. Medo que dá medo do medo que dá. (Trecho da música Miedo de Julieta Venegas)
Fobia Específica
Existe o medo “normal” de determinadas coisas e situações claramente perigosas à sobrevivência, é natural e esperado. Porém, existe o medo patológico, definido como fobia, que não obedece a uma lógica de real perigo iminente.
A Fobia Específica ou Fobia Simples caracteriza-se por medo intenso, persistente, desproporcional e irracional diante do estímulo fóbico (que varia entre animais, objetos e situações) e causa um estado de forte angústia, desencadeando sintomas físicos de ansiedade (como sudorese, tremor, taquicardia etc) e podendo, também, desencadear uma crise de pânico.
As fobias específicas são bastante comuns e acometem cerca de 11% da população
As mais comuns são:
· Acrofobia (altura);
· Astrofobia (trovões e relâmpagos);
· Aerofobia (viajar de avião);
· Claustrofobia (espaços fechados);
· Hidrofobia (água);
· Zoofobia (animais);
· Hemofobia (sangue);
· Tripanofobia (injeções);
· Belonofobia (objetos cortantes);
· Traumatofobia (ferimentos);
· Amaxofobia (dirigir);
· Tripofobia (imagens ou objetos que tenham buracos ou padrões irregulares).
Diante do estímulo fóbico, pessoas com Fobia Específica podem desmaiar devido ao estresse causado pela ansiedade intensa, causando o reflexo vasovagal excessivo que desencadeia bradicardia e queda brusca da pressão arterial.
As pessoas acometidas por Fobia Específica normalmente reconhecem o caráter irracional e desproporcional de seus medos. Entretanto, a ansiedade antecipatória, a fuga e esquiva dos estímulos fóbicos podem gerar prejuízos em sua rotina, restringindo sua presença em determinados locais, interferindo em sua vida individual, ocupacional e social.
Tratamento
As fobias são um problema concreto. Pessoas que sofrem desse mal não precisam passar por isso sozinas e merecem ser cuidadas. Através da Psicoterapia desenvolvem-se técnicas para ajudar a lidar com a fobia e dessensibilização sistemática através de tarefas de exposição ao objeto ou situação que teme.
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Texto por Camila César
Psicóloga Clínica
CRP 04/30341
Fonte: “Miedo” Lenine & Julieta Venegas
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