A gentileza da Autoestima

Você sabia que toda a vida do indivíduo é impactada pela autoestima, sendo ela alta ou baixa?

Conceito

A Autoestima é o conceito que se tem de si mesmo, envolve autoimagem e autoconfiança. Ela é formada pelo autoconhecimento em diversos níveis, referente à sua própria imagem, suas crenças a respeito de si mesmo e suas capacidades.

Toda a vida do indivíduo é impactada pela Autoestima, sendo ela alta ou baixa. Toda a experiência humana tem relação com sua Autoestima, como por exemplo, suas escolhas, o autocuidado, suas relações, seu trabalho, dentre outros.

A forma como reagimos às coisas da vida é reflexo do que vemos intimamente em nós mesmos. Isso influencia também como vemos os outros. A forma como reagimos aos outros depende muito de como vemos a nós mesmos. Se a Autoestima é saudável, teremos formas mais assertivas e adequadas de reagir ao cotidiano e aos outros. Se a Autoestima é baixa, teremos formas mais negativas, inadequadas e, muitas vezes, prejudiciais de reagir ao cotidiano e aos outros.

A Autoestima é desenvolvida desde a infância e recebe total influência da forma como a criança experiencia o mundo durante essa fase. Como a criança é tratada e os comportamentos que ela absorve através dos exemplos das pessoas com quem convive, influenciam o desenvolvimento de sua Autoestima. Mas é importante ressaltar que não somos uma esponja que absorve tudo e que, com o passar do tempo, tomaremos um formato imutável. A Autoestima pode e deve ser desenvolvida e aperfeiçoada durante todo o período da vida humana. Todos somos capazes de desenvolver autoestima.

“Nosso autorrespeito marca nossas escolhas. Toda vez que agimos em harmonia com nosso ser autêntico e com nosso coração, ganhamos respeito. É simples assim. Toda escolha é importante.” (Dan Coppersmith)

O que não é

Muitos se confundem ao falar de Autoestima. Arrogância, prepotência, desprezo, orgulho ostensivo e altivez não são de forma alguma atitudes que demonstram Autoestima elevada. Essas atitudes, na verdade, evidenciam uma inadequação do autoconceito e visão de mundo, como, muitas vezes, também, insegurança. Das duas uma: ou a pessoa tem uma Autoestima baixa e se comporta de maneira que camufle isso, ou a pessoa tem uma Autoestima inflada que ultrapassa a realidade e supõe ser melhor do que os outros.

Sintomas de autoestima baixa

Tais comportamentos devem servir de alerta de autoestima baixa:

● Falta de confiança em si mesmo(a);

● Sensação de incapacidade;

● Dificuldade de reconhecer suas habilidades e conquistas;

● Hábito de se comparar com outras pessoas;

● Timidez em excesso;

● Medo da rejeição;

● Perfeccionismo;

● Querer agradar todo mundo o tempo todo;

● Competitividade em excesso;

● Não conseguir dizer não;

● Não conseguir respeitar e defender suas próprias necessidades;

● Necessidade de aprovação;

● Ciúme e inveja;

● Acomodação e procrastinação.

“Baixa autoestima é como dirigir pela vida com o freio de mão puxado.” (Maxwell Maltz)

Influência da autoestima nas relações humanas

A Autoestima influencia a resiliência, ou seja, afeta a capacidade de lidar com adversidades e buscar soluções na vida. Ela possibilitará atitudes mais flexíveis quanto a si mesmo, suas conquistas e fracassos, e quanto ao mundo.

Em um nível saudável, a autoestima estimula a criatividade e aumenta o desempenho no trabalho, possibilitando obter mais sucesso. Maiores serão, também, as possibilidades de manter relações saudáveis, com mais respeito e boa comunicação.

O respeito por si mesmo faz com que o indivíduo seja mais grato, alegre e preparado para fazer escolhas. Com certeza você já ouviu a frase “respeito é bom e eu gosto”; pois eu te digo que quando você estiver se respeitando e gostando de quem você é, será quando você estará preparado para respeitar os outros.

A decisão de buscar a Psicoterapia em muito se relaciona à Autoestima, pois é uma forma de cuidar de si mesmo, buscando lidar com as emoções e padrões comportamentais que a influenciam. Com a ajuda profissional é possível desenvolver um relacionamento mais saudável consigo mesmo à medida que desenvolve o autoconhecimento e, consequentemente, a autoconfiança.

Texto por Camila César

Psicóloga Clínica

CRP 04/30341